aquela hora
janeiro- coisas avulsas
os donos da horta
Conheço-os quase desde recém-nascidos. Vi-os pela primeira vez no verão, por entre a folhagem de uma das oliveiras detrás da casa. Pareciam nascidos da árvore. Estavam sempre lá. Percebi mais tarde que moram nesta hortinha bem cuidada, e são lindos - Três pequeninos + o gato laranja que já lá morava antes deles e que agora é companheiro de aventuras e explorações, tanto da vida nas traseiras como da frente (aí dividem território com outros gatos, de que falarei noutra ocasião).
Todos os dias os vejo, juntos ou separados, a fazerem das suas pela horta: passam por entre as couves, fazem buracos, observam, trepam às árvores, enfim, importantes coisas de gato.
Porque é que falo deles? Porque estão entre os meus vizinhos preferidos!
Antes da chuva
Tarde de sábado, passada na mata, a aproveitar a linda luz de outono filtrada pelas árvores com as folhas a mudar de cor
a bela adormecida
Tenho verdadeira obsessão por esta casa.
Fica mais ou menos no meu caminho para o centro da cidade. O mais ou menos quer dizer, fazer um desvio por um caminho mais longo, mas eu não me importo de andar mais um bocadinho para passar por ela.
Faz-me sempre lembrar o conto da bela adormecida, que ficou 100 anos à espera de ser acordada pelo beijo de um cavalheiro corajoso. Enquanto isso, o castelo onde dormia ia sendo engolido pela vegetação. Assim me parece esta casa.
E eu fico a pensar, que beijo irá acordar esta bela?