viver no centro

Houve um tempo em que pensávamos que viver no campo é que era. Eu andava entusiasticamente a ler livros sobre agricultura biológica e a sonhar com uma horta e grandes canteiros de flores. Depois fomos viver para o Alentejo mas não foi possível concretizar o sonho de viver no meio do campo, no entanto, essa experiência fez-nos perceber, entre outras coisas, que embora não queiramos viver numa grande cidade, somos muito mais urbanos do que julgávamos, nos gostos, nos costumes, na maneira de agir. Continuo a adorar o campo mas pelo menos para já não é para viver Em Tomar, agora, finalmente, vivemos no centro da cidade e faz toda a diferença. O carro fica parado dias e dias sem sair do lugar, tudo se faz mais rápido e a pé. E quando a Luísa está com a birra, chateada com a difícil vida de bebé, vamos espairecer até ao parque do mouchão ver as árvores

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Dezembro! já?!

A reorganização e arrumação ainda não estão terminadas. De cada vez que mudamos de casa não deixo de ficar espantada com a enormidade de coisas que acumulamos. As coisas que fazem falta, as coisas que não fazem falta mas que importam, e ainda, as coisas que pelas circunstâncias e características de cada casa temos que adquirir ou dispensar ( leia-se guardar na casa dos pais que têm mais espaço). Tudo isso faz com que cada mudança seja mais complicada e morosa. De tantas vezes que já mudamos penso que nos estamos a tornar experimentadores de casas profissionais -Existisse essa profissão...Também é verdade que há quem tenha pancadas mais fortes :)

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A dança

A passear pelo jardim da várzea pequena e por acaso a comentar que nunca mais tínhamos visto o Alberto. Quando olhámos para a água vemos emergir um "periscópio com bico". Um pato não parecia ser, porque embora com o pescoço fora de água o corpo continuava completamente submerso. Aí começa a nossa perseguição pela margem do rio, do mouchão quase até à ponte. A ave permanecia à superfície pouquíssimos segundo depois dava mergulhos não muito longos mas em que percorria uma grande distância, ou seja super rápido; e nós atrás dele.

Quando chega perto da ponte vejo-o(a) aproximar-se de um outro igual. Felizmente para meu grande contentamento saem da água e vão secar as penas. A Ave que nós acompanhámos ficou mais longe e não dava para fotografar convenientemente com esta minha máquina fracota, mas ao ver os dois juntos fiquei com a sensação que talvez fosse uma fêmea, por ser mais pequena. Este, das fotos, para secar as penas presenteou-nos com esta espécie de dança - Tão grande e ao mesmo tempo tão gracioso.

Continuo sem perceber nada sobre aves, mas tenho quase a certeza de se tratar de dois lindos corvos marinhos

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Existir

Não é a primeira vez que vejo estes anúncios nas montras de Tomar (nunca tinha visto dito assim em mais lado nenhum). Da primeira vez que vi, a frase era ainda mais bonita e potente, dizia  " Salda-se toda a existência"

Existir tem destas coisas...

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